A corrupção talvez seja uma das
maiores desgraças que acometem o nosso país todo santo dia. É cultural e
histórico. Cultural já que faz parte do jeito de ser brasileiro, que com a
ginga e a malícia da vida, nos ensina a encontrar o “atalho” para resolver o
problema. E é histórico, já que durante
a Colonização e o Império, a coisa pública e privada estavam tão emaranhadas,
que até os dias atuais, algumas pessoas não sabem separa-las.

Os sucessivos escândalos de corrupção
que ocorrem em nosso país têm mostrado uma nova face da moeda: não são
desonestos e corruptos apenas os políticos, como o senso comum alertava, mas
também diretores e executivos de empreiteiras (pessoas da iniciativa privada
que não detém cargos públicos) que granjearam propinas e cometeram inúmeras
atitudes ilícitas e imorais, se locupletando do dinheiro público. E essa
realidade impôs uma outra verdade desconcertante para os falsos moralistas e
paladinos da ética. A corrupção que sempre esteve no “outro” (geralmente no
político de cargo) passou a estar em “mim”, e no “eu”, nas “pessoas comuns”.
Roubar wi-fi, furar fila, sonegar impostos, pagar para alguém elaborar TCC,
comprar moto roubada, pagar propina ao guarda rodoviário, e dirigir embriagado,
é tão ilegal, imoral e ilícito quanto desvios milionários na Petrobras e na
merenda escolar.
Além disso, as investigações, prisões
e punições estão ocorrendo. A sociedade despertou para essa questão. Foi a
pedagogia da corrupção. Afinal de contas, assim como o 9º homem mais rico do
país está preso por corrupção, Marcelo Odebrecht, e até um senador da
República, é mais salutar ser honesto!
Depois que toda essa crise ética
acabar, acredito e vislumbro um futuro melhor para o Brasil. Nesse futuro, o
político não mais se aliará ao empreiteiro para arquitetar o roubo do erário
público; o cidadão de bem entenderá que o “jeitinho” brasileiro é, na imensa
maioria das vezes, corrupção.
Dias melhores virão. Quem ganha com
isso é a sociedade! Quem ganha com isso é a ética, a democracia e a cidadania.
Por Robenilton Pinto Carneiro
Muito bom texto, em sua suma, além de explicitar a generalização da corrupção, apontando suas diversas faces, da "menos para a maior", pois, "quem rouba uma agulha, rouba tb uma uma peça inteira", não há pecado grande ou pequeno, todo gesto ilícito é pecado, corrupção é sempre corrupção. Mas, ao final, traz uma boa perspectiva de um futuro melhor, gostei do otimismo! rs
ResponderExcluirO comentário acima é de Petrônio Pinho
ExcluirBem colocado|.o momento atual. Pede essa reflexão
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