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sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Livros que Lí em 2014: O Discípulo Radical

 

Texto da Editora Ultimato

http://www.ultimato.com.br/loja/produtos/o-discipulo-radical

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Para muitos, é uma grande surpresa descobrir que os seguidores de Jesus Cristo são chamados de “cristãos” apenas três vezes na Bíblia. Claro, sabemos que tanto as palavras ‘cristão’ como ‘discípulo’ implicam relacionamento com Jesus. Mas, por que “discípulo radical”?
Para John Stott, a resposta é óbvia. “Existem diferentes níveis de comprometimento na comunidade cristã. O próprio Jesus ilustra isso ao explicar o que aconteceu com as sementes na Parábola do Semeador (Mt 13.3-23). A diferença está no tipo de solo que as recebeu. A semente semeada em solo rochoso ‘não tinha raiz’”.
Evitamos o discipulado radical sendo seletivos: escolhemos as áreas nas quais o compromisso nos convém e ficamos distantes daquelas nas quais nosso envolvimento nos custará muito. No entanto, como discípulos não temos esse direito.
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O Discípulo Radical apresenta oito características do discipulado cristão que são comumente esquecidas, mas ainda precisam ser levadas a sério: inconformismo, semelhança com Cristo, maturidade, cuidado com a criação, simplicidade, equilíbrio, dependência e morte. Com um texto profundamente bíblico, tocante e de fácil leitura, John Stott mostra a essência do que significa ser um discípulo radical.
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"O lindo chamado de Deus para sermos verdadeiros discípulos de Cristo é o assunto deste livro, que certamente será um marco em sua vida. Ao lê-lo, somos levados a passear pelas características do discipulado cristão: inconformismo, semelhança com Cristo, maturidade, cuidado com a criação, simplicidade, equilíbrio, dependência e morte.

Em uma exposição profundamente bíblica e aplicável, somos levados a refletir sobre a realidade da nossa alma, pensamentos, valores e prática cristã. John Stott se despede com este livro, afirmando ser o seu último. Talvez por este motivo ele utiliza o momento para se concentrar naquilo que é essencial na vida cristã, e o faz como alguém que busca com integridade teológica e coração ardente ser um verdadeiro discípulo de Cristo."

Ronaldo Lidório, antropólogo e missionário

Postado Por Robenilton Carneiro

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Livros que Lí em 2014: Marighella, o Guerrilheiro que Incendiou o Mundo

Robenilton, o escritor Mario Magalhães e Thiago Gordiano

Se eu já tinha uma admiração muito grande pelo baiano Carlos Marighella (1911-1969) antes de ler esse livro, agora, depois dessa excelente biografia, minha admiração cresceu ainda mais.

Filho de imigrante italiano com uma negra decendente de escravos,  Mariga foi militante comunista, deputado da Constituinte de 1946, e líder da ALN nas ações de luta armada contra a ditadura militar. Preso duas vezes, viveu por longos anos na clandestinidade, defendendo um país mais justo e mais igualitário. Foi assassinado em 04 de novembro de 1969 pela força da repressão militar.

O livro de Mário Magalhães é uma obra monumental: com mais de 700 páginas, levou 9 anos para ser escrito, recebeu o prêmio Jabuti de melhor biografia de 2013.  Rico em detalhes, o autor entrevistou e consultou 256 pessoas, esquadrinhou arquivos em boa parte do país, e também fora dele. Sucesso de vendas, chegou a  figurar nas listas entre os mais vendidos do ano.

“Este livro não é uma hagiografia, promovendo o personagem principal, ou um libelo de oposição a ele. E sim uma reportagem que escrutina seus triunfos e tropeços, grandezas e pequenezas, os altos e baixos próprios da especie humana. Nínguem  precisa amar ou odiar Marighella. Mas é difícil ficar indiferente ao seu épico”. (pg. 584).

Curiosamente, Marighella não é tão conhecido do grande público. Com esse livro, parte do público passou a conhece-lo mais, e talvez com a cinebiografia que está sendo rodada baseado nesse livro, a personagem ganhe mais ainda notoriedade. O paradoxo é que no século XX, Carlos Marighella foi  uma das figuras políticas  brasileiras mais conhecidas internacionalmente.

Para quem quer conhece-lo, leia o livro. Vale a pena.

Por Robenilton Carneiro