Os Livros não Mudam o Mundo. Os Livros Mudam as Pessoas. As Pessoas Mudam o Mundo.

sábado, 24 de agosto de 2013

Poema Um cálice de “cale-se”

 
 
Um cálice de 'cale-se'
 
O silêncio é tributo prestado àquilo que a alma encanta
 
Se falo, ao céu expresso o que sinto
Se calo, réu confesso, consinto
 
Se falo, descrevo o que vejo
Se calo, é pela paz que almejo
Se falo, eu ancoro o desejo
Se calo, num mar calmo velejo
Se falo, demonstro traquejo,
Se calo, de repente um lampejo
Se falo, faço sempre gracejo
Se calo, só desperto bocejo
Se falo, enxurrada despejo
Se calo, valorizo o gotejo
 
Palavra é braçada.
Silêncio, mergulho.
Palavra é presente.
Silêncio, embrulho.
Palavra é porta.
Silêncio, janela.
Palavra conforta.
Silêncio, anela.
Palavra exorta.
Silêncio, apela.
Palavra distrai.
Silêncio, revela.
Palavra é tinta.
Silêncio é tela.
Palavra distingue.
Silêncio, nivela.
Palavras marcam.
Silêncio, sequela.
Palavra é palácio.
Silêncio, capela.
Palavra é barco.
Silêncio, a vela.
Palavras são partos.
Silêncio, gestação.
De palavras, fartos
Por silêncio buscarão.

Antes de levantar nossas vozes
lembremo-nos que diante dos algozes
O Verbo Divino se calou
Por nós sorveu inteiro o cálice
Se vai orar, primeiro, cale-se
em reverência à sua dor e a eloquência do amor.

 
 
Por Hermes C. Fernandes em 15/08/2013
 

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Livros Que Lí em 2013: O Impostor Que Vive e Mim

Na verdade comecei a ler esse livro por um motivo: a morte do prórpio autor em abril desse ano.

Brennan Manning é um dos autores cristãos  mais profundos do final do século XX e início deste século. Com clássicos como o Evangelho Maltrapilho (http://blogdorobenilton.blogspot.com.br/2012/03/livros-que-li-em-2012-o-evangelho.html), Manning traz uma mensagem cristã focada na condição humana. Somos humanos, precisamos entender isso, e não super homens que podem vencer o Mal, as tentações e o Inimigos de nossas almas com facilidade.

Deus fez o homem à sua imagem e semelhança, e o homem retribuiu a gentileza

Em O Impostor que vive em mim, editado pela Mundo Cristão, Brennan aborda algumas questões que trazem uma reflexão profunda para a espiritualidade das pessoas. Para ele, a única forma de desativar o impostor que vive em nossas vidas é ativar (praticar) a presença de Jesus. Precismos, enquanto discipulos de Cristo, deixar de lado essa identidade do impostor, e nos apropriarmos da identidade do Amado. Amado por Deus: “A condição indispensável para o desenvolvimento da consciencia de que somos os amados é dispor de tempo a sós com Deus” (pg. 58).

Sem disciplina não conseguimos resolver nada. Com alguma disciplina conseguimos resolver alguns problemas. Com disciplina total conseguimos resolver todos os problemas (Scott Peck)

Sobre a nossa condição pecaminosa, ele diz que precisamos reconhecer que somos pecadores para podermos evoluir na peregrinação espiritual, além de afirmar que muitas vezes não evoluimos por que estamos cômodos e satisfeitos com uma vida mediana. O cômodo é mediocre, vive na sombra. É um quase. João batista não era nada passivo, nada cômodo, nada diplomático!

“Rótulos criam impressões. Impressões formam imagens que, por sua vez, tornam-se ideias fixas que geram preconceitos”

Para Manning, existem alguns mecanismos de defesa que o impostor cria para parecer autentico:

  • sarcasmo
  • promoção pessoal
  • moralismo
  • necessidade de impressionar  os outros

Um dos perigos mais nocivos ao cristão que busca uma vida de intimidade com Deus é o fato de confundir essa busca de intimidade com sinais externos de religiosidade. O simples fato de alguem “fazer o sinal da cruz”, não demonstra, necessariamente, que essa pessoa tem uma relação íntima com Cristo.

Apesar de não segui um tema específico, o livro é muito pertinente para nossos dias, especialmente nesses dias de espiritualidade superficial que tem engessado o Poder e a Graça de Deus nas igrejas.

Por Robenilton Carneiro

1 Corintios 13 ….É só o Amor !!!

 

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.
1 Coríntios 13:1-13

Por Robenilton Carneiro