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terça-feira, 22 de março de 2016

Por que Goiabeira deve ter um candidato a vereador nas eleições 2016?



Muitos perguntam por que o nosso povoado não tem um candidato próprio a vereador, já que é uma comunidade tão desenvolvida e politizada.  Votamos e elegemos vereadores de várias partes do município, e não elegemos nenhum representante da nossa comunidade.
Depois de tanto refletir, debater e conversar com as pessoas, ver as possibilidades e dificuldades, acho que tá na hora elegermos um candidato da terra!

Nós temos motivos para acreditar que é possível!!

Todos sabem que Goiabeira é potência! Nossa comunidade tem uma dos maiores índices na Educação Básica de Coité, se destacando no IDEB e no ENEM, além de uma safra generosa de universitários formados, que hoje integra o quadro de funcionários de instituições públicas e privadas renomadas (que vai desde a Prefeitura Municipal e o Governo do Estado à empresas como Banco do Brasil, Caixa Econômica, Correios, etc.), além dos jovens que estão estudando nas principais universidades da Bahia (como UNEB, UEFS, UFBA,UFRB, dentre outras).
Hospedamos também em nossa terra eventos culturais, esportivos e festivos que fazem parte do calendário oficial do município, como o famoso Forrozão da Goiabeira, o concorrido Moto Cross, e o Festival de Arte-Capoeira, dentre outros.
Somos empreendedores, o comércio da vila é dinâmico, temos as melhores empresas de construção e produção de pisos de alta resistência, além de termos uma associação comunitária atuante.
Esses motivos citados acima, já são suficientes para encamparmos uma luta para a eleição de um candidato da comunidade.

Por isso, temos que ter um candidato da terra!

Nesse ano de 2016, Goiabeira deve ter mais de 1 mil eleitores aptos a votarem no pleito municipal.  Se metade desses eleitores votassem em um nome da terra, já teríamos uma boa possiblidade de eleger alguém.
A nossa Vila Carneiro já teve vereador eleito. Foi na eleição de 1989, e teve Evandro Gonçalves Gordiano, o popular Vevé, como representante da comunidade. Depois disso, dois candidatos da terra concorreram, porém não conseguiram se eleger, apesar da boa votação que tiveram: Evanilson, em 1996, e Edilberto, em 2000.
Na atual legislatura, quase metade dos vereadores foram eleitos representando suas respectivas comunidades, e tiveram uma votação expressiva em seus redutos. Raimundo Carneiro e Lindo em Juazeirinho, Ze Baldoíno em Santa Rosa, Elder Ramos em Aroeira, Elizane em Almas, além de outros, mostraram que uma comunidade pode contribuir significativamente para a eleição de um vereador da terra.

Se essas comunidades elegem os seus, por que não Goiabeira?

Apoiar uma candidatura da terra é apoiar um projeto que engrandecerá ainda mais nossa comunidade, que já é tão querida pelos coiteenses seja pelos eventos que realiza, seja pelo próprio povo bem educado, simpático e receptivo, seja pelas características peculiares que já lhe são próprias. Apoiar uma candidatura suprapartidária, na qual Vermelhos e Azuis votem no mesmo candidato, sem discriminação, nos faz acreditar que é possível sim, vencer!
Por tudo isso, e por muitos mais motivos, Goiabeira, a Vila mais querida de Conceição do Coité, Pode e Deve lançar um candidato que represente o povo em um mandato popular, que ouça o que o povo tem a dizer, e que seja democrático e trabalhe para os que mais precisam!


Por Robenilton Pinto Carneiro

segunda-feira, 21 de março de 2016

Historiador José Murilo de Carvalho fala sobre a atual crise política

José Murilo de Carvalho

BBC Brasil - Como o senhor vê a atual crise política brasileira sob uma perspectiva histórica?
José Murilo de Carvalho - Nos 126 anos da República, houve dezenas de revoltas, guerras civis e vários golpes com o envolvimento dos militares. Desde 1930, de 14 presidentes (incluindo a atual), apenas oito foram eleitos diretamente. Destes, só cinco completaram os mandatos. Isso não é nada animador. E essa é mais uma das inúmeras crises de nossa claudicante República.
BBC Brasil Historiadores e analistas políticos com certa frequência comparam o atual momento à crise que resultou no suicídio do presidente Vargas, em 1954. O senhor vê paralelos?
Carvalho - Hoje, creio que nenhum historiador dirá que a história se repete, como tragédia ou como farsa. A crise atual é nova, um misto de tradição e novidade. Há elementos comuns entre a crise atual e a de Vargas: a acusação de corrupção e o conflito distributivo.
O "pai dos pobres" (Vargas, responsável pelas leis trabalhistas) era acusado por setores da classe média de exercer ou tolerar práticas corruptas (o "mar de lama"). A grande diferença era a presença ativa dos militares em 1954, que forçaram a saída de Vargas, e da Guerra Fria. Hoje, o conflito é civil e nacional.
BBC Brasil - O senhor se preocupa com o atual momento brasileiro no que diz respeito à segurança das instituições? Crê na possibilidade de uma ruptura mais séria mesmo sem a presença de um Exército, como em 64?
Carvalho - Há motivo para preocupação. O Poder Judiciário - incluindo aí o Ministério Público e a Polícia Federal - tornou-se quase hegemônico diante da desmoralização do Executivo e do Parlamento. Isso poderá sair pela culatra, como aconteceu na Itália durante a operação Mãos Limpas, e reduzir ou anular os efeitos do esforço de combate à corrupção. Por outro lado, a desmoralização do Parlamento e a descrença nos políticos e na política podem abrir caminho para aventureiros populistas.
BBC Brasil - Muito se fala em polarização política e ideológica no Brasil. O senhor concorda com as avaliações de que o acirramento de ânimos foi intensificado pela ascensão do PT ao poder ou estamos falando do retorno de antigas divisões?
Carvalho - O PT trouxe forças novas para a política brasileira, sobretudo os líderes sindicais. Junto com uma forte demanda por políticas sociais, o partido exibiu também um estilo mais agressivo de atuação, mantido mesmo após chegar ao poder. Sua militância é muito mais aguerrida do que a do PTB dos tempos de Vargas.
A radicalização política e a intolerância chegaram hoje a um ponto perigoso. Não há mais debate, apenas bate-boca e gritaria. Neste cenário dominado pelas paixões, tudo pode acontecer, mesmo um sério conflito social.
BBC Brasil - Qual o efeito que o eventual impeachment da presidente Dilma poderia ter nesse cenário?
Carvalho - Um impeachment não vai resolver a situação. Mudarão os lados, mas o conflito político continuará e a crise econômica não será resolvida.
BBC Brasil - Podemos comparar o retorno do ex-presidente Lula ao governo (agora suspenso por determinação do STF) a algum momento de relevância semelhante na história política brasileira?
Carvalho - Ex-presidentes voltaram ao governo, como Nilo Peçanha (como ministro das Relações Exteriores, em 1917), mas não em situação de conflito. A nomeação desastrada deu-se em 29 de outubro de 1945. Os militares pressionavam o então ditador Getúlio Vargas a deixar o governo. Em reação, o presidente nomeou seu controvertido irmão Benjamin chefe de polícia. Os militares irritaram-se e o depuseram nesse mesmo dia.
Extraído do site da BBC Brasil 
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/03/160321_brasil_republica_manca_entrevista_fd

Postado por Robenilton Pinto Carneiro