Os Livros não Mudam o Mundo. Os Livros Mudam as Pessoas. As Pessoas Mudam o Mundo.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Sobre Política e Aranhas, texto de Flávia Amâncio

 

Estava pensando sobre política. E depois de algumas reflexões, cheguei a conclusão que o "fazer" política é parecido ao processo das aranhas em "fazer" a teia. E depois, pesquisando sobre como as aranhas constroem suas teias percebi que existe uma tipo de aranha que caracteriza a política atual é a viúva-negra. Ela produz um tipo de teia com desenhos irregulares, difíceis de se identificar. Totalmente individualizada. Não se parece geometricamente com uma construção. Exatamente como na política atual. Não estamos constríndo nada para o coletivo. Cada construção da teia política é pensando na projeção política teiológica de cada um. Existem algumas raras, raríssimas exceções.

Bem, temos outro tipo bem conhecida, a chamada aranha carangueijeira, produz a teia densa e no chão que serve como esconderijo. Todas tem um objetivo, prender suas presas, morar nelas e ter um ninho nupcial. Há algo na política que passa por esse processo, primeiro você tem um processo de encantamento, enamorarmento, passa a “fazer” a política por ideologia, utopia, sonhos, bem coletivo, lutar pelos menos favorecidos, pela poesia da política, depois alguns começam a morar nessas teias, começam a gostar, percebe que muitos sonhos são irreais nessa empreitada. O que vale mesmo é a negociação, é jogar o jogo que rola, e aí começa a fazer o processo de mumificação das ideologias e tudo o que regia a política ideológica, o bem comum. E passamos agora para já o processo de identificação com os que antes não fazim parte da nossa teia porque temos que fazer parte do processo. Temos que operacionalizar. Então vamos tecer como as viúvas-negras. Traficar influência, negociar postos de trabalhos, favorecer possíveis cabos eleitorais, e muitas ferramentas operacionais que antes não constavam em nosso “modus operandi”.

Por fim, as coitadas das aranhas e suas teias devem está tristes agora pelo fato da comparação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário