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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Filmes Que Assisti em 2016: Taxi, de Jafar Panahi



Apesar de estar proibido de filmar e de sair de seu país, o Irã, Jafar Panahi não para de lançar filmes. O ultimo, Taxi , vencedor do Urso de Ouro de Berlim em 2015, se passa dentro do taxi, no qual o próprio Jafar é o motorista, que leva as pessoas nas ruas da capital Teerã.  O filme é uma mistura de ficção e documentário, no qual os clientes/personagens discorre sobre temas valiosos sobre o Irã moderno. Com o diálogos dos personagens, abre-se um leque de discussões,  como o vendedor de filmes pirateados Omid que promove a ‘inclusão cultural” dos clássicos de Kurosawa e das séries modernas, como The walking dead, em uma crítica clara á censura no país; ou à ativista que vai visitar presos políticos que estão fazendo greve de fome; ou ainda a discussão entre dois passageiros sobre os enforcamentos  de pessoas que furtam. 
A questão que intriga é:  como o regime que censura e proíbe o cineasta de filmar, não consegue impedir que suas películas sejam lançadas fora do país? Na ultima cena do filme, enquanto o cineasta/taxista saí do carro com sua sobrinha pra visitar um determinado lugar, um motoqueiro chega com um passageiro que quebra o vidro do taxi e tenta arrancar as câmeras do carro. Crítica mais direta, impossível.  Pra quem gosta de cinema autoral, e pra quem quer elementos para entender o Irã atual, uma boa pedida!


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