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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Lugares Históricos que conheci: Museu do Recôncavo Wanderley Pinho em Caboto (Candeias).

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Visitar o Museu do Recôncavo em Candeias é uma experiência maravilhosa. A arquitetura preservada do casarão deixa o turista fascinado. Pra quem gosta de História, é uma visita obrigatória.

Erguido no século XVI, à margem da Baía de Todos os Santos, em Candeias, o antigo Engenho Freguesia foi transformado no Museu do Recôncavo Wanderley Pinho em 1971 devido ao seu valor histórico e a sua importância para a região do Recôncavo Baiano. Construído em terras doadas pelo então Governador-Geral do Brasil, Mem de Sá, o casarão foi alvo das invasões holandesas, em 1624, danificando o engenho e a igreja., e vivenciou momentos de apogeu na produção de açúcar até a segunda metade do século XIX.

A casa Grande teve vários donos, entre eles António da Rocha Pita e Cristovam da Rocha Pita no século XIX. Cristovam foi quem construiu a fábrica de açúcar.

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Em 1848, Antônio Bernadinho da Rocha Pita e Argolo, futuro Conde de Passe, adquiriu o engenho e restaurou o conjunto. Uma de suas filhas, D. Antônia Tereza de Sá Pitta e Argollo, nascida a 16 de Janeiro de 1834 em Passé e falecida a 22 de Setembro de 1871, casou com João Maurício Wanderley, barão de Cotegipe.

O Barão de Cotegipe foi um proeminente político do império brasileiro, que liderava o Parido Conservador no reinado de D. Pedro II. O Barão ficou conhecido pela exoneração de Marechal Deodoro da Fonseca das funções que o mesmo tinha no Rio Grande do Sul, e de ter dito a célebre frase a Princesa Isabel: “A senhora acabou de redimir uma raça, e perder o trono!”. Quando as leis abolicionistas passaram a vigorar no país, o engenho entrou em decadência e, em 1890, as moendas de cana-de-açúcar foram desativadas.

Seu conjunto arquitetônico inclui casa-grande com 55 cômodos, fábrica e capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição da Freguesia. O acervo é composto das seguintes coleções: imaginária, mobiliário, paramentos, indumentária, desenho, pintura, cerâmica e fotografia, além de peças de tecnologia rural e industrial e instrumentos de suplício. José Wanderley de Araújo Pinho (1890-1967), que dá nome ao museu, foi herdeiro e proprietário do engenho e, como deputado federal, apresentou ao Congresso, em 1930, um projeto de lei de proteção dos bens móveis e imóveis de valor artístico e histórico que resultou na criação do atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Atualmente, devido à realização de obras para recuperação física do seu conjunto arquitetônico, o Museu do Recôncavo Wanderley Pinho está fechado para visitação. Mas é possível entrar até o Engenho e tirar fotos externas. Inclusive, o movimento de turistas no verão é muito grande. Porém, a maioria deixa lixo nas proximidades do Museu, pois vão para tomar banho na enseda de Caboto. Todo esse acervo listado acima não está ao acesso do público. O lugar tem potencial para turismo Histórico e Natural, mas encontra-se parcialmente abandonado. O acesso ao museu tem 2km de estrada de chão, e não tem a sinalização necessária.

Fontes:

http://candeiascidadedasluzes.blogspot.com.br/2009/10/museu-wanderley-araujo-pinho-em-caboto_07.html

http://www.revistadehistoria.com.br/secao/em-dia/engenho-de-portas-fechadas

http://www.ipac.ba.gov.br/museus

Por Robenilton Carneiro

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