O ano de 2011 vai entrar pra história, da mesma forma que o ano de 1968. 1968 foi o ano que, segundo Zuenir Ventura, “não terminou”. Não terminou porque os maiores acontecimentos daquele ano, ressoaram e ainda ressoam na sociedade, principalmente na vida política e cultural.
Da mesma foram, os reflexos de 2011 serão sentidos nos anos e décadas seguintes.
O ano começou com as revoltas no Mundo Árabe. Era um prenúncio de que algo bom iria acontecer na região. A democracia e a liberdade pediam passagem . Os ventos sopraram de tal forma que Tunísia, Egito, Líbia, Bahein, Síria, estavam em ebulição.
Em alguns lugares os déspotas já foram destronados, em outros não. A violencia ainda persiste. Mas se o povo não resistir, a opressão os sepultará. Por isso, mais revoltas irão ocorrer na região.
O Movimento Ocupe Wall Street é outra dessas revoluções que sacudiram o ano de 2011, principalmente pela causa defendida: questionar o sistema financeiro, o maior e mais destrutivo ditador vivo no planeta. O Movimento é capitaneado por um coletivo de ativistas, sindicalistas, artistas, e estudantes que tomaram conta das praças de Nova York, e que depois inspirou ocupações na Europa.
Outros movimentos e protestos foram percebidos na Grécia,( por conta da grave crise neoliberal), na Itália, na Rússia (fraudes nas eleições), dentre outros.
A revista Time, uma importante publicação estadunidense, elegeu o “manifestante” como o personagem do ano. “Em 2011, os manifestantes não apenas deram voz às suas reclamações; eles mudaram o mundo”, disse a Revista.
Que esse ímpeto de busca de mudanças nas estruturas socias e política continuem vivas no ano vindouro e nas décadas vindouras. Nós não podemos perder a capacidade de indignar-se, principalmente diante das injustiças sociais, políticas e econômicas.
Por Robenilton Carneiro
Falta ressaltar o resto da primavera árabe ( visão ocidental de democratização) como Arábia Saudita, Emir. Árabes Unidos e Catar onde manifestantes iguais a esses da capa da Time/Veja aparece foram assassinados pela polícia e a mídia ocidental seqquer menciona bem como há a conivência dos EUA para não derrubar regimes seus aliados.Essa é sua condição sine qua non.
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