O debate nas últimas semanas sobre a saúde dos técnicos de futebol foi intenso e produtivo. Depois que o técnico Ricardo Gomes do Vasco da Gama sofreu um Acidente Vascular Encefálico, também conhecido com AVC, ou derrame, no jogo contra o Flamengo dia 28/08, as discussões entraram na pauta dos meios de comunicação.
Por ser uma profissão muito estressante, e que exige muito do sistema nervoso, os técnicos estão sujeitos a ataques cardíacos, AVC, queda na pressão arterial, dores de cabeça, entre outros. Ainda mais, quando lembramos que a maioria deles eram jogadores de futebol, que tinham uma rotina de treinamentos físicos, e de repente, abandonam para se tornarem treinadores. Geralmente engordam, e reduzem drasticamente as atividades físicas. Resultado: aumento na probabilidade de problemas na saúde.
Alguns jornalistas até questionaram os clubes por não realizarem nos treinadores, exames médicos e físicos que os jogadores são submetidos.
E o cidadão comum deste país, que precisa de atendimento médico? O que fazer com eles?
Se um trabalhador comum sofresse um AVC na rua ou nas fábricas nas quais trabalham, teriam, por exemplo, um atendimento rápido como o técnico Ricardo Gomes teve?
O sálário médio de um treinador de futebol é de 150.000 mil reais! Podem facilmente realizarem exames médicos periódicos. E o cidadão brasileiro, que ganha apenas um salário mínimo, o que fazer? Ir pras filas pra pegar uma senha pra ser atendido 02 semanas depois? Um eletrocardiograma custa 1/5 do salário! O povo humilde não tem plano de saúde.
No caso de Conceição do Coité, minha cidade natal, tinha 02 hospitais para o atendimento público. Não davam conta da demanda. Há três meses, um desses hospitais fechou, por incompetência do Podert Público!
A saúde no Brasil é um caos. É vergonhoso o que ocorre em nosso país!
Então, que se discuta a saúde dos técnicos de futebol. Mas que se discuta, também a saúde pública do nosso país!
Por Robenilton Carneiro
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