Antes de levantar nossas vozes
lembremo-nos que diante dos algozes
O Verbo Divino se calou
Por nós sorveu inteiro o cálice
Se vai orar, primeiro, cale-se
em reverência à sua dor e a eloquência do amor.
Na verdade comecei a ler esse livro por um motivo: a morte do prórpio autor em abril desse ano.
Brennan Manning é um dos autores cristãos mais profundos do final do século XX e início deste século. Com clássicos como o Evangelho Maltrapilho (http://blogdorobenilton.blogspot.com.br/2012/03/livros-que-li-em-2012-o-evangelho.html), Manning traz uma mensagem cristã focada na condição humana. Somos humanos, precisamos entender isso, e não super homens que podem vencer o Mal, as tentações e o Inimigos de nossas almas com facilidade.
Deus fez o homem à sua imagem e semelhança, e o homem retribuiu a gentileza
Em O Impostor que vive em mim, editado pela Mundo Cristão, Brennan aborda algumas questões que trazem uma reflexão profunda para a espiritualidade das pessoas. Para ele, a única forma de desativar o impostor que vive em nossas vidas é ativar (praticar) a presença de Jesus. Precismos, enquanto discipulos de Cristo, deixar de lado essa identidade do impostor, e nos apropriarmos da identidade do Amado. Amado por Deus: “A condição indispensável para o desenvolvimento da consciencia de que somos os amados é dispor de tempo a sós com Deus” (pg. 58).
Sem disciplina não conseguimos resolver nada. Com alguma disciplina conseguimos resolver alguns problemas. Com disciplina total conseguimos resolver todos os problemas (Scott Peck)
Sobre a nossa condição pecaminosa, ele diz que precisamos reconhecer que somos pecadores para podermos evoluir na peregrinação espiritual, além de afirmar que muitas vezes não evoluimos por que estamos cômodos e satisfeitos com uma vida mediana. O cômodo é mediocre, vive na sombra. É um quase. João batista não era nada passivo, nada cômodo, nada diplomático!
“Rótulos criam impressões. Impressões formam imagens que, por sua vez, tornam-se ideias fixas que geram preconceitos”
Para Manning, existem alguns mecanismos de defesa que o impostor cria para parecer autentico:
Um dos perigos mais nocivos ao cristão que busca uma vida de intimidade com Deus é o fato de confundir essa busca de intimidade com sinais externos de religiosidade. O simples fato de alguem “fazer o sinal da cruz”, não demonstra, necessariamente, que essa pessoa tem uma relação íntima com Cristo.
Apesar de não segui um tema específico, o livro é muito pertinente para nossos dias, especialmente nesses dias de espiritualidade superficial que tem engessado o Poder e a Graça de Deus nas igrejas.
Por Robenilton Carneiro
Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.
1 Coríntios 13:1-13
Por Robenilton Carneiro